Protesto:

SITUAÇÃO NACIONAL

Não me entrego sem lutar/
Tenho ainda coração/
Não aprendi a me render/
Que caia o inimigo então
(Renato Russo)

A falência do Plano Real veio tornar evidente a total impossibilidade de se constituir uma saída para o contínuo ciclo de crises vivido pelo país desde o início dos anos 80 com base no modelo de completa subordinação da política econômica brasileira aos interesses do capital estrangeiro. A prostração do Governo FHC diante do FMI, do Banco Mundial e da Organização Mundial do Comércio caracteriza um nível de dependência política e econômica que não se via por estas terras desde o tempo da Colônia.

Caiu o mito da "estabilização". Outra mentira repetida milhões de vezes pelos grandes meios de comunicação, também caiu: Efeagá está muito longe de ser um presidente éticamente inatacável. Os escândalos do Sivam e da Pasta Rosa, ocorridos logo no início do primeiro mandato, se tornaram quase insignificantes quando comparados com a escabrosa promiscuidade entre a esfera de poder público e os interesses privados que se verificaram através do Proer, da compra de votos para a reeleição, das privatizações e do favorecimento a instituições financeiras por ocasião da desvalorização do câmbio. E agora pegaram o "reizinho" com a boca na botija, manipulando a privatização da Telebrás, ajudando seus comparsas do banco Opportunity.

Fernando Henrique é indubitavelmente responsável por crimes ainda mais graves do que os atos ilegais cometidos por ele e pelos membros de seu Governo: ele é o implementador, em nosso país, de uma política genocida, que lançou milhões de brasileiros na miséria, na fome e no desemprego; e a saída do atoleiro em que o Brasil foi mergulhado não passa pela posse de um novo representante dos interesses da burguesia, mas pela derrota definitiva do projeto neoliberal. Passa portanto, por derrubar Efeagá e lutar por um governo que represente os interesses dos trabalhadores e das legiões de oprimidos do nosso país.

Rompendo Amarras propõe:

• Fora FHC e o FMI, não pagamento das dívidas externa e interna;
• Investigação completa do escândalo do Banco Central; prisão e
confisco dos bens de todos os envolvidos;
• CPI das privatizações;
• Não à privatização do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal,
da Petrobrás e dos Correios;
• Reestatização das empresas privatizadas;
• Elevação da dotação orçamentária da educação, saúde
e dos programas sociais;
• Reforma Agrária, já;
• Construir as lutas, rumo à Greve Geral contra a política
econômica neoliberal e pelo fim do Governo FHC.